SANTA MARIA GORETTI

Vida de Santa Maria Goretti

Introdução

Santa Maria Goretti nasceu em 1890, em Coriolano, Itália. Sua breve existência foi iluminada pela amizade com Jesus e por um terno amor a Nossa Senhora.

Após ter sido ferida mortalmente em uma tentativa de violência sexual, teve uma visão profunda do sentido da vida e da eternidade e perdoou seu agressor: “Eu o perdôo, por amor a Jesus, e o quero no Paraíso”. Isso deixa transparecer uma intensa vida de fé, esperança e amor como resposta à obra do Espírito, que fez dela uma obra-prima.

Faleceu em 1902, aos 11 anos, na cidade de Netuno, Itália. Em 1950, foi declarada santa por Pio XII. Por ter conseguido preservar sua virgindade até a morte, ela é considerada um modelo de pureza e doçura entre os adolescentes e jovens de hoje.

Perda do Pai

Ficou órfã de Pai aos nove anos, vítima de injustiças grandes e pequenas. Muitas vezes era incompreendida pela própria mãe, a qual ela amava do fundo de sua alma. Qual a sua reação? Confiança imensa no Pai: “Sobreviveremos, sobreviveremos…Deus vai nos ajudar”. (p.29)

Bons exemplos de Santa Maria Goretti

Estava sempre muito pronta para servir e amar a todos. Testemunha sua mãe: “Fazia as compras e fazia isso muito bem…Também cozinhava, e cozinhava bem”. (p.26)

Ela sempre ela quem ia para a horta, porque não se recusava. Servia-se sempre por último, após ter dado a porção de cada um. Quando sua mãe observava que ela comia pouco (e, naquele tempo, a fome era grande!), dizia: “Mamãe, come a senhora, pois precisa para trabalhar.”… (p.26)

Não escolhia a quem amar: amava a todos aqueles que Deus lhe havia posto no caminho. Sua mãe permanecia longo tempo em conversa com ela: combinavam o que devia fazer no dia seguinte. Mamãe Assunta muitas vezes ficava nervosa e tensa, e era capaz de recriminá-la e de maltratá-la…E Mariazinha acabava levando uma bronca imerecida. Ela, porém, “não ficava amuada comigo”, relembra a mãe. (p.27)

Mariazinha enfeitava, com flores do campo, o quadro de Nossa Senhora. Todas as noites rezava o terço com a família. Nos últimos tempos, o terço havia se tornado indispensável para ela Trazia-o sempre enrolado em torno do braço. Ia com prazer ao santuário de Nossa Senhora das Graças, em Nettuno, embora tivesse que enfrentar quatro horas de caminhada. E no final de sua vida, já no hospital, faz este pedido afetuoso: “Levem-me para perto do quadro de Nossa Senhora”. (p.31)

Sua mãe confirma: “Todas as noites ela rezava um terço a mais, em sufrágio da alma de seu pai”. (p.32)

Sua mãe conta: “Nos últimos tempos, eu encontrava tudo pronto: ela preparava o almoço, voltava a lavar roupa, sem que ninguém a obrigasse. E fazia mil serviços necessários numa casa com tantas crianças: passava roupa, remendava, esfregava o chão com escovão, arrumava as camas, limpava os quartos, cuidava dos irmãozinhos”. Encontrava sempre mil pequenas ocasiões para servir. (p.50)

A piedosa menina teve a felicidade de receber..cinco vezes, em seu coração, o Deus do amor e da pureza: a primeira, em 6 de junho de 1901; a segunda, um pouco depois, no santuário de Nossa Senhora das Graças, protetora de Nettuno; a terceira, na Páscoa de 1902; a quarta, na igreja de Campomorto, e a quinta, na hora da morte” – como se lê nas Atas do processo informativo, folha 144, relatório de dom Signori, 28 de setembro de 1903. (p.53)

Mariazinha demonstrava uma maturidade humana extraordinária em seus relacionamentos. Foi uma filha respeitosa e confidente. À noite, remendava as velhas roupas da mãe. E esta afirma: “Ela me contava os acontecimentos do dia…Sempre, sempre, Maria me obedeceu. Tinha um caráter aberto, se abria comigo…Era muito afetuosa com o pai e comigo. Era corajosa e procurava inclusive encorajar-me quando me via angustiada”.

Ela também demonstrava ter uma grande capacidade de discernimento. Sabia ler os sinais de Deus na sua história e na de sua família, dispondo-se imediatamente a fazer a vontade de Deus. Assim, soube reagir à morte do pai com estas palavras, que foram as primeiras a serem registradas: “Mamãe, não fique preocupada…eu fico no seu lugar, tomando conta da casa”. De fato, ela “dirigia a casa” e “cuidava dos irmãozinhos”. (p.65)

Sofrimento e morte de Maria Goretti

Um dos seus sofrimentos foi o de não poder comunicar à mãe as tentações de Alexandre: “Querida mamãe, eu tinha vergonha e não sabia como dizer isso. Além disso, Alexandre jurou que me mataria… E acabou me matando do mesmo jeito”. (p.94)

Mamãe Assunta admitiu: “Se minha filha tivesse cedido à tentação e ainda estivesse viva, eu sentiria uma dor muito maior do que tê-la visto morrer a fim de permanecer fiel ao Senhor”. (p.34)

No nome de Jesus, feito obediente até a morte, todo joelho se dobra e todo mal é destruído. “Não faças isso, você vai para o inferno” – gritava para Alexandre. (p.52)

E, nos lábios, a doce invocação: “Jesus, Jesus…Deus, Deus, estou morrendo”. (p.52)

Mamãe Assunta afirma: “Quando vi que minha filha estava já no fim, beijei-a e ela também me beijou. Dei-lhe também para beijar o crucifixo e a medalha de Nossa Senhora, que eu trazia no pescoço”. (p.80)